domingo, 10 de outubro de 2010

Somos ingratos com a vida.



Certas coisas nos acontecem que nos fazem perceber o quanto somos ingratos com a vida, reclamamos e achamos que nossos problemas sempre são os únicos, ou os maiores, nos lamentamos ao invés de nos recompor.


Fazemos com que tudo pareça maior do que já é, precisamos que nos notem que notem o como estamos infelizes com a vida, precisamos de esperança, precisamos de uma base para nos fortalecer. Não que nossos problemas não sejam importantes, mais sempre há uma solução, não adianta dizer que não há, não adianta dizer que já tentamos de tudo e não conseguimos sair disso.


Na hora em que olharem para suas vidas, e perceberem que estão infelizes pensem no que realmente significa a palavra INFELICIDADE.


Mudem, mudem seu jeito de pensar, mudem seu jeito de se vestir, mudem o visual, mude o sorriso. Apenas MUDEM no que tiver que mudar, abra o armário e joguem suas roupas usadas fora, faça uma faxina no seu coração e tire tudo que há de ruim, conheça pessoas, faça alguma coisa pra ser feliz.


E pensem naquelas pessoas que realmente não tem opção, nas pessoas que não tem companhia numa hora de dor, pensem naquelas pessoas que estão doentes, nas criançaas que acabaram de começar uma vida e percebem que não vão a frente mais, naqueles jovens com planos e metas que sabem que não poderá realizar nem metade do que sempre sonhou, nas pessoas mais velhas que somente olham para o seu passado e percebem o quanto foram ingratas como nós somos com uma desavença com a vida e acharam que já não tinha sentido, que não teria jeito de ser feliz.


Pensem no que é realmente tristeza.


Hoje assisti a um filme "Uma lição de vida" que me fez pensar nos pequenos problemas que eu ando tendo e me lamento tanto por eles.


Pensemos bem então antes de reclamar de nossas vidas que ainda teremos tempos para nos resolver e termos ainda mais problemas, pensemos então naquelas pessoas que não terão tempo mais para viver, não terão mais problemas, e der repente você perceberá que nossos problemas, não são nada.


A todas aquelas pessoas, um grande abraço!

sábado, 2 de outubro de 2010

Eu quero alguém.


Que tenha coragem. E saiba amar coisas simples e mulheres loucas. Quero alguém que acredite em realidade. Que esteja farto de sonhos perfeitos e Romeu e Julieta. Quero alguém que entenda o que é TPM. Que me faça rir. E que minta pouco. Quero alguém que goste de ler. Que me dê presentes fora de época. E que goste de boa música. Na verdade, quero alguém que me ame, exatamente como eu sou, sem tirar nem por .

domingo, 19 de setembro de 2010

Gargalhadas exageradas.,



E piadas sem graça completam o meu dia.
Mas de madrugada, na cama, fico igual a um feto dentro do ventre de sua mãe, segurando o meu corpo, como se a cada soluço ele fosse desmontar.




sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Liberdade.



Se a liberdade significa alguma coisa, será, sobretudo o direito de dizer às outras pessoas o que elas não querem ouvir.


"... George Orwell ..."

Isso é muita sabedoria.



Quando fazemos tudo para que nos amem e não conseguimos, resta-nos um último recurso: não fazer mais nada. Por isso, digo, quando não obtivermos o amor, o afeto ou a ternura que havíamos solicitado, melhor será desistirmos e procurar mais adiante os sentimentos que nos negaram. Não fazer esforços inúteis, pois o amor nasce, ou não, espontaneamente, mas nunca por força de imposição. Às vezes, é inútil esforçar-se demais, nada se consegue; outras vezes, nada damos e o amor se rende aos nossos pés. Os sentimentos são sempre uma surpresa. Nunca foram uma caridade mendigada, uma compaixão ou um favor concedido. Quase sempre amamos a quem nos ama mal, e desprezamos quem melhor nos quer. Assim, repito, quando tivermos feito tudo para conseguir um amor, e falhado, resta-nos um só caminho... O de mais nada fazer.


"... Clarice Lispector ..."

A dor que dói mais.



Trancar o dedo numa porta dói. Bater com o queixo no chão dói. Torcer o tornozelo dói. Um tapa, um soco, um pontapé, dóem. Dói bater a cabeça na quina da mesa, dói morder a língua, dói cólica, cárie e pedra no rim. Mas o que mais dói é saudade.
Saudade de um irmão que mora longe. Saudade de uma cachoeira da infância. Saudade do gosto de uma fruta que não se encontra mais. Saudade do pai que já morreu. Saudade de um amigo imaginário que nunca existiu. Saudade de uma cidade. Saudade da gente mesmo, quando se tinha mais audácia e menos cabelos brancos. Dóem essas saudades todas.
Mas a saudade mais dolorida é a saudade de quem se ama. Saudade da pele, do cheiro, dos beijos. Saudade da presença, e até da ausência consentida. Você podia ficar na sala e ele no quarto, sem se verem, mas sabiam-se lá. Você podia ir para o aeroporto e ele para o dentista, mas sabiam-se onde. Você podia ficar o dia sem vê-lo, ele o dia sem vê-la, mas sabiam-se amanhã. Mas quando o amor de um acaba, ao outro sobra uma saudade que ninguém sabe como deter.

Saudade é não saber. Não saber mais se ele continua se gripando no inverno. Não saber mais se ela continua clareando o cabelo. Não saber se ele ainda usa a camisa que você deu. Não saber se ela foi na consulta com o dermatologista como prometeu. Não saber se ele tem comido frango de padaria, se ela tem assistido as aulas de inglês, se ele aprendeu a entrar na Internet, se ela aprendeu a estacionar entre dois carros, se ele continua fumando Carlton, se ela continua preferindo Pepsi, se ele continua sorrindo, se ela continua dançando, se ele continua pescando, se ela continua lhe amando.

Saudade é não saber. Não saber o que fazer com os dias que ficaram mais compridos, não saber como encontrar tarefas que lhe cessem o pensamento, não saber como frear as lágrimas diante de uma música, não saber como vencer a dor de um silêncio que nada preenche.

Saudade é não querer saber. Não querer saber se ele está com outra, se ela está feliz, se ele está mais magro, se ela está mais bela. Saudade é nunca mais querer saber de quem se ama, e ainda assim, doer.


"Martha Medeiros"